MEU
VELHO AMIGO
Lembro dele todos os
dias. É o meu mais velho amigo. Nossas
conversas mais das vezes são silenciosas, uma vez que a empatia que nos é comum faz com
que saibamos o que o outro está pensando.
Algumas vezes eu
converso, falo o que estou planejando, pensando, fazendo, mas o que funciona
melhor é ouvi-lo falar em um monólogo filosófico a respeito de viveres, cheios
de “apesar de”, cheio de verdades que por vezes hesito em reconhecer.
Septuagenário já com
alguns anos além do início desta fase da vida, procuro enxergar a sabedoria que
sei que tenho, fruto de vivencias, mas ansiedades fazem o processo se
“embaralhar”.
Medito, tiro sonecas
preguiçosas sem culpa, tenho ido muito aos cinemas, tento ler, mas ansiedades
me atrapalham, então me refugio na Sky em documentários principalmente.
Meu velho amigo, que me
conhece como ninguém, sei que está “vendo tudo” com um sorriso maroto pelas
“acrobacias” que a mente prepara.
Falar comigo mesmo,
como agora faço, utilizando a oportunidade de colocar em palavras catárticas
tem me ajudado a “desembaralhar inutilidades”.
A imagem que ilustra a
entrada do meu FB é um exemplo do que
penso ser correto. Usufruir prazeres e saciar “fomes de alegrias” lendo os
textos inteligentes, intrigantes, irônicos, alegres, realistas, fantasiosos, brincalhões.........como
“as palavras manuelezes” de Manoel de Barros.
Sonho e projeto viver
cada vez com menos “bagagens”.
Cada novo dia tenho me
sentido mais leve, então lembrar deste velho amigo é um presente cheio de
alegrias.
Encontre o seu. Ele
está mais perto do que você imagina.
Ricardo
garopaba Blauth
Um comentário:
Sim, nossos melhores amigos somos nós mesmos, sem sombra de dúvida!
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